sexta-feira, 12 de agosto de 2011

O Tenentismo e a Coluna Prestes

Luís Carlos Prestes
Em outubro de 1924, eclodiu a revolta tenentista no Rio Grande do Sul, sendo seu líder Luís Carlos Prestes e Siquiera Campos(um dos sobreviventes do 1º levante). Cercado pelas tropas do governo, os tenetistas quebraram o cerco e marcharam para Foz do Iguaçu, onde se encontraram com os tenentistas paulistas.
A união dessas forças deu na Coluna Prestes- Miguel Costa ou Coluna Prestes, que com 1500 homens(muitos morreram no caminho), marchou pelo interior do Brasil, com o objetivo de difundir as ideias tenentistas e de desgastar o governo até sua queda. A Coluna Prestes atravessou 15 estados e percorreu aproximadamente 25 mil km em quase 2 anos.
A perseguição a Coluna Prestes começou no governo de Arthur Bernardes e continuou no de seu sucessor, Washington Luís, sendo enviados soldados do Exército, soldados das Forças Públicas( dos estados) e capangas armados pelos Coronéis. A Coluna saiu vitoriosa sempre, os revoltosos conquistaram muitas cidades, mas sempre abanonavam as rapidamente para evitar confronto com o Exército.
Por onde passavam, destruíam livros de impostos e instrumentos de tortura utilizados pela Polícia. Os habitantes do interior sentiam um misto de medo e admiração em relação aos membros da Coluna. Eles não compreendiam os objetivos da Coluna e ainda assim, eram mantidos fora da luta. A grande parte dos tenentes era contra recrutar e armar a população, pois tinham medo de perder o controle da situação.
Já as classes médias urbanas, viam Prestes como um herói  e o apelidaram de ' Cavaleiro da Esperança'. A admiração e respeito que tinham por Prestes continuou por muito tempo depois do fim da Coluna.
Em fevereiro de 1927(no governo de Washington Luís),os membros da Coluna se exilaram na Bolívia, no Paraguai e na Argentina. Desde então, os tenentes seguiram diversos caminhos políticos. Prestes, por exemplo, virou comunista.


- Roberto Malta

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