sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Os Levantes Tenentistas de 1922 e 1924

No dia 5 de julho de 2011, os tenetes no forte de Copacabana, no Rio de Janeiro, iniciaram uma rebelião contra o presidente Epitácio Pessoa e usaram os canhões do forte para atacar o palácio do governo. Seu objetivo era derrubar Pessoa e recontar os votos da eleição presidencial. Mas a rebelião fracassou, não deve adesão de muitos homens e o forte foi bombardeado por terra e mar.
General Isidoro Dias Lopes
No dia 6, alguns tenetes rebeldes saíram do forte para enfrentar as tropas governistas nas ruas, mas não deu muito certo e todos com exeção de 2 foram mortos. E a reação de Pessoa foi muito rígida: decretou estado de sítio(que terminou 4 anos depois) e a censura à imprensa. E, em 1923 muitos dos revoltosos foram condenados a prisão.
Apesar disso, os tenetes não desistiram e, sobre o lema de Republicanizar a Repíblica, tinham como objetivos diversas reformas como: eleição de uma Assembleia Constituinte, voto secreto, proibição de reeleições, fim da corrupção nas eleições e liberdade de ensino. Para alcançar esses objetivos, os tenetes pretendiam derrubar o governo paulista e depois atacar o Rio de Janeiro. Os tenetes deram o comando da revolta ao General da Reserva Isidoro Dias Lopes  e, também tinham o apoio do Major Miguel Costa e de parte da Força Pública de São Paulo.
No dia 5 de julho de 1924( aniversário de 2 anos do 1º levante), eclodiu a 'Revolução de Isidoro', nome popular desse levante tenentista. Durante 3 semanas, São Paulo sofreu grandes ataques dos revoltosos e das forças governistas, diversos bairros ficaram em ruínas e muitas pessoas morreram. Ocorreram saques a lojas, depósitos, moinhos e armazéns.
A revolta se espalhou para o interior paulista e para os estados do Mato Grosso, Sergipe e Amazonas. As forças governistas, melhor armadas e em maior número, derrotaram diversas vezes os tenentes. Na noite do dia 27, os homens de Isidoro fugiram de São Paulo e marcharam para Foz do Iguaçu, Paraná, onde queriam continuar a luta. Eram 3500 homens armados, com mantimentos e cavalos.
A repressão promovida pelo presidente Artur Bernardes foi pesada: 10 mil presos(entre tenentes, anarquistas, comunistas, sindicalistas e simpatizantes) que foram mandados para as ilhas de Trindade; Grande e Fernando de Noranha que foram transformadas em prisões.
Apesar de tudo isso, o movimento tenentista foi apenas derrotado; e não vencido.


- Roberto Malta

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