sábado, 8 de dezembro de 2012

Bom Dia Vietnã: Celebre!

Nesta última semana, uma série de acontecimentos causou certo rebuliço nas mídias. Viu-se, por exemplo, a chegada da eminente morte de Oscar Niemeyer (1906-2012), um gênio inesquecível sem dúvida. Em contraste, porém, o mundo da música pode relembrar o nascimento de alguns de seus maiores astros.

Hoje o Bom dia Vietnã! celebra esses aniversariantes.


Ozzy Osbourne




John Michael ‘ Ozzy’ Osbourne nasceu em 3 de dezembro de 1948, em Aston,Birminghan, na Inglaterra,  em 1967 formou junto com Geezer Butler ( baixista) a banda Rare Breed, mas logo se separaram. Dois anos depois, voltou a se reunir com ele na banda Polka Tulk Blues, junto com o baterista Bill Ward e o guitarrista Tony Iommi, logo depois eles mudaram o nome da banda para Black Sabbath porque esse era o nome de um filme de terror italiano lançado em 1963.

Desde o começo da banda havia conflitos entre Ozzy e o Iommi, em 1980 Ozyy saiu da banda sendo substituído pelo vocalista da Rainbow, Ronnie James Dio. Até 2011 Osbourne fez carreira solo, junto com o grupo Blizzard of Ozz, mas em 2011 a formação original do Black Sabbath foi reunida (Dio tinha morrido de câncer de estômago em maio de 2010), lançaram um álbum novo, entraram em uma nova turnê e estão reunidos até hoje. Ozzy ainda estrelou um reality show sobre seu cotidiano, The Osbornes.

A música que vamos analisar aqui é The Wizard, do primeiro álbum do Black Sabbath, criativamente chamado de Black Sabbath , lançado em 1970. Ela foi composta pelos 4 integrantes da banda, tocando seus instrumentos normais e com Ozzy cantando e tocando gaita. Foi baseada no mago Gandalf da obra  O Senhor dos Anéis de J. R. R. Tolkien e trata de como o mago encoraja as pessoas quando as encontra.

A música fala de como nos momentos de maiores necessidades, quando tudo está cobrido por neblinas o mago sai (Misty morning/Clouds in the Sky/Without warning
A wizard walks by) e graças as suas mágicas, as criaturas malignas desaparecem quando ele está por perto (Evil Power/Disappears
/Demons Worry/When the wizard is near), uma clara referência ao seu embate com Balrog nas minas de Moria.
Depois falam do efeito principal das atitudes e da mágica do mago: a felicidade das pessoas (He turns tears/Into joy/Every one's happy/When the wizard walks by) e assim ele paca alegrando as pessoas e fazendo elas se sentirem bem, até que o efeito disso passa e ele terá que passar novamente para elas voltarem a se alegrarem (He has passed by/Giving his sign/
Left all the people/Feeling so fine ), sendo novamente analogo a varios pontos da narrativa, como quando Gandalf  alegra ao aniversário de Bilbo no Condado.

Maria Callas



Maria Callas nasceu no dia 2 de dezembro de 1923 em Nova York, seu verdadeiro nome era Ana Maria Sofia Cecilia Kalogeropoulou, seu pai havia encurtado seu sobrenome para Callas para facilitar a fala das outras pessoas. Callas teve sua instrução musical no prestigioso Conservatório de Athenas, depois que se formou começou a fazer papéis secundários nas Óperas gregas, mas logo passou a fazer a soprano principal. Após a Grécia ser livrada dos ocupadores nazista ela retornou aos EUA e no ano seguinte chegou pela primeira vez na Itália, em Verona, pois fora convidada por Tulio Serafim para fazer La Gioconda.
Sua carreira mudou quando estava em Veneza em 1949 e a soprano que iria fazer I puritani adoeceu e Callas teve que substituí-la. A apresentação foi um sucesso de crítica e público e isso a tornou famosa. Em 1951 Callas já havia cantado em todas as principais casas de ópera italianas, depois disso passou a cantar nas mais importantes casas de ópera do mundo, como a Royal Opera House em Londres e a Dallas Civic Opera, na qual Callas foi a principal estrela do concerto inaugural. Foi considerada uma das melhores sopranos da história, mas havia atingido seu auge. Começou a ter uma decadência vocal no final da década de 1950 e na metade da década seguinte se aposento e se isolou, vivendo em Paris o resto dos seus anos até morrer de um ataque cardíaco em 1973.
Vamos analisar uma música que ficou muito famosa na voz de Callas, seu nome é O Mio Babbino Caro (sugestão de Vitória 'Lizzy ' Marlliac) e foi composta por Giacomo Puccini para a sua ópera Gianni Schicchi.
A mulher pede para que seu pai a ajude a se casar com o homem que ama  e para isso precisa do dinheiro para comprar o anel de casamento (Oh meu paizinho querido/Eu amo-o, ele é tão belo/ Quero ir até Porta Rossa/Para comprar o anel), coisa que seu pai estava recusando. Ela diz que caso não pudesse se casar com seu amado preferiria morrer do que continuar sem ele      (E se o meu amor fosse em vão/Eu iria até Ponte Vecchio//E me atiraria ao rio Arno/Eu choro e sofro tormentas/Oh Deus, preferia morrer).
Depois de ter terminado de cantar essa música seu pai fica tão emocionado que cede e aceita ajudá-la.

Nate Mendel


Nate Mendel nasceu no dia 2 de dezembro de 1968, em uma cidade ao sudoeste de Washington D. C. e seu primeiro instrumento, ironicamente, foi o violino. Aos 13, Mendel se interessou pelo rock e quis entrar numa banda, um amigo dele que era guitarrista sugeriu que ele aprendesse a tocar baixo e assim ele fez.

Mendel iniciou sua carreira musical na banda de Hard Rock Didly Squat, que até teve uma turnê pelos EUA em 1988, mas logo essa banda acabou e ele se mudou para Seattle. Em 1992, Mendel junto com seu colega da Universidade de Washington Dan Hoerner fundaram a banda Sunny Day Real State, que acabou três anos depois.
No mesmo ano ele foi convidado por Dave Grohl, ex-baterista do Nirvana, para formar o Foo Fighters. Mendel está na banda até hoje e junto com Grohl e Pat Smear.

Vamos analisar a música Walk ( sugestão de Beatriz Schepácz Coelho), composta por Dave Grohl para o álbum Wasting Light e gravada por Dave Grohl na voz e guitarra, Nate Mendel no baixo, Taylor Hawkings na bateria, Pat Smear na guitarra e Chris Shiflett na guitarra (clique aqui para ver o clipe original).

Grohl escreveu essa música logo depois que tinha ensinado sua filha a andar e no clipe da música ele faz coisas que ocorrem na vida cotidiana da maioria das pessoas e que ninguém tem coragem de fazer, como abandonar o carro no transito e reclamar da comida que não vem igual ao anuncio, baseado no filme Falling Down de Michael Douglas.

Logo no começo da música o narrador já fala que ao longo do tempo perdeu sua essência e que necessita recomeçar para poder obtê-la novamente (I think I lost my way/Getting good at starting over/Every time that I return). Nas estrofes seguintes, adicionado as imagens do clipe, se percebe que pela pressão social ela acaba se tornando mais um no meio da multidão e que necessita reaprender tudo novamente para voltar a ter sua individualidade, mas não tem ideia de como começar para fazê-lo  (Learning to walk again/ I believe I've waited long enough/ Where do I begin?/Learning to talk again/Can't you see/ I've waited long enough/ Where do I begin?).

Depois ele fala do passado, quando ainda tinha imaginação e individualidade, e que hoje ele vê que havia queimado todos aqueles sonhos anteriormente (Do you remember the days / We built these paper mountains/ Then sat and watched them burn) e que agora pela primeira vez desde então percebe isso e está disposto a voltar a sonhar, ao se liberar das pressões sociais que o impediam de fazer o que pretendia e aspirava (Now/ For the very first time/ Don't you pay no mind/Set me free again).

No final da música ele afirma que apesar de viver aparentemente como uma pessoa ‘normal’ ele sempre quis quebrar isso, mas nunca teve a coragem necessária (You keep alive a moment at a time/But still inside a whisper to a rio/tTo sacrifice but knowing to survive) e também que não quer morrer nem sair do que quer que seja antes de ter feito tudo o que podia para reparar o que não havia feito quando estava inibido e não tinha a coragem para fazer as coisas (I never wanna dieI/ never wanna leave/I'll never say goodbye/Forever/Whatever!).


Esquecemos de alguém? Fale pra gente; comente! 

- Roberto Malta


NOTA DO EDITOR:

No dia  em que esta publicação esta indo ao ar (08/12) celebra-se o aniversário de mais um gênio da música Jim Morrisonn. Tendo em consideração que o redator não está disponível (e que não disponho de seu conhecimento musical) não posso expandir a matéria para adciona-lo. No entanto, presto cá minha homenagem através de uma de minhas músicas favoritas do The Doors; The End. Disfrutem!





- Guillermo Múrua

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