quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Fotografia de Guerra

Fotografia da Batalha de Gettysburg, dois dias depois de
ter acabado
Desde as primeiras batalhas da humanidade houve interesse dos vencedores de registrarem seus feitos. Primeiramente isso acontecia através de gravuras e alguns séculos depois por meio de pinturas, buscando sempre trazer o maior realismo possível às imagens. Em 1839, com a invenção da fotografia foi aberto uma nova área para as batalhas serem representadas com uma veracidade impecável.

Logo depois dessa invenção, foi antecipado que fotógrafos presenciando batalhas e guerras como agentes neutros poderiam trazer seu material e registrar esse momento. Mas isso não era praticável, pois além do risco do  fotógrafo morrer ao ser atingido por algum vestígio ou bala perdida, pela quantidade do material e porque nos seus tempos iniciais tirar uma foto era algo extremamente demorado, durando vários minutos. Além disso, na época era impossível tirar fotos de objetos em movimento. A alternativa encontrada na época era os fotógrafos tirarem suas fotos logo ou alguns dias depois que a batalha acabava.

Trincheira britânica durante a Primeira Guerra Mundial

O primeiro fotógrafo de guerra foi um americano anônimo, quem em 1847 tirou fotos da ocupação de Saltillo durante a Guerra México- Americana, e o primeiro fotógrafo conhecido foi o húngaro-romeno  Carol Popp de Szathmàri, que tirou fotos da a Guerra da Crimeia em 1854, ele tirou aproximadamente 200 fotos das quais 9 ainda estão preservadas.

Outra técnica que os fotógrafos da época usavam, principalmente durante a Guerra de Secessão, era realizar uma reconstrução da batalha com os soldados remanescentes ou  reposicionar os corpos para tornar a imagem mais chocante.

A partir da Primeira Guerra Mundial, os avanços tecnológicos possibilitaram que fossem registradas fotos de objetos em movimento, então fotógrafos começaram a ir junto com os soldados nas batalhas, vivendo com eles e até mesmo comendo junto com eles, registravam tudo o que ocorria, desde a vida cotidiana dos soldados fora de batalhas até combates com os inimigos.

Foto do desembarque na Normandia, durante o Dia D
feita por Robert Capa, considerado o melhor fotógrafo de guerra
Por estarem junto com os soldados muitas vezes esses fotógrafos eram mortos ou capturados pelos inimigos por serem confundidos com os demais soldados. Também ocorriam e ainda ocorrem casos em que isso ocorre de forma intencional, apesar deles serem protegidos pelas convenções internacionais sobre guerra, principalmente pelo inimigo não querer que as informações registradas na foto sejam  reveladas ou pelo ódio que seus inimigos tem deles.

Ultimamente isso tem ocorrido bastante com as tropas americanas no Oriente Médio através de ataques terroristas e também dos americanos com os árabes, quando dois jornalistas iraquianos foram mortos num ataque de um helicóptero do exército dos EUA.

- Roberto Malta

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